terça-feira, 30 de setembro de 2008

base de dados

Perante a necessidade de agregar uma comunidade que partilhe o mesmo interesse pelas máquinas JAWA e ČZ, pretendemos reunir uma base de dados que contenha algumas informações pessoais essenciais de cada membro, de modo  a permitir o contacto entre si de modo autónomo.

Nesse sentido, solicito aos interessados que enviem para jawaczportugal@gmail.com os seguintes dados:

Nome, e-mail, telemóvel/ telefone, morada, actividade profissional*, modelo JAWA/ ČZ *, matriculas*, e outros dados que considerem relevantes.

*dados facultativos

O formato de partilha desta base de dados está ainda por definir.

Cumprimentos

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Mensagem à Comunidade JAWA ČZ

Convido todos os interessados a contarem as vossas experiências e darem a conhecer as vossas máquinas. Para além disso agradecia que comentassem os posts e dessem o vosso contributo no sentido de burilar o blog com questões ou temáticas que gostariam de ver abordadas. Estamos abertos a críticas e sugestões. Por favor contactem jawaczportugal@gmail.com.

Com os melhores cumprimentos
Daniel Moutinho

Sr. Adalberto Figueiras – ČZ 150 c de 1953.

Os modelos “c” – a seguir das “a” e “b” - da ČZ são considerados os avôs das ČZ de motocross. Estas máquinas que montavam motores de 125cc e 150cc, de 3 velocidades foram mantidas em produção desde 1949 até 1950, apenas com suspensão dianteira telescópica, e nos anos posteriores, até 1954, com suspensão integral, de pino traseiro oscilante, até que evoluíram para versões JAWA ČZ, 351 (125cc) e 352 (150cc).

A protagonista deste post é uma ČZ 150c de 1953 do Sr. Adalberto Figueiras - a quem agradeço, desde já o contributo para este post. Antes deste nosso membro nos ter contactado a dar o conhecimento das preciosidade que tem em mãos, eu já tinha tido a oportunidade de trocar umas impressões com ele, na concentração do Gasómetro 2007 em Castêlo da Maia.

É um modelo fabricado num contexto muito particular, no qual já se notam algumas influências da JAWA após a fusão das duas marcas em 1949. Quase que pode ser descrita como uma pequena Perak, pois as semelhanças com este modelo histórico da JAWA são óbvias – a cor vermelha original JAWA, o uso do mesmo farolím, configuração do quadro e mesma tecnologia de suspensão.


Aqui fica o testemunho do Sr. Figueiras, na 1ª pessoa, que mostra que a paciência, a dedicação e o perfeccionismo são condições essenciais para a concretização de restauro exemplar:

“Caro Daniel Moutinho, como já lhe tinha dito a minha ČZ era propriedade de meu Pai que fez com ela 114.000Km, entre passeios e provas de perícia, gincanas e corridas, das quais as únicas recordações que ficaram foram algumas taças das suas últimas participações nessas provas, pois como ele dizia na altura o dinheiro era escasso e tinha que vender as taças para ter verba para a proxima prova.

Após o seu casamento com a minha mãe, o qual teve origem devido a uma vitória numa dessas provas e da qual guarda-mos o troféu a velhinha ČZ poucos Km mais andou, esteve parada muitos anos + ou - uns bons 35 anos o que fez com que se fosse degradando.

Em 1984 com os meus 19 anos resolvi restaurá-la. Já o restauro estava a acabar e um desentendimento com o meu Pai a velha ČZ acabou por ficar no barraco até 2004 - um ano após a morte do meu Pai, ano em que eu tomei a iniciativa de a restaurar.

Fui eu que a desmontei e levei as peças à chapa. O restauro de chaparia foi feito na Auto Confiança de St.º Tirso, a pintura nos Pessegos - são duas oficinas de amigos - a sua montagem na moto Tirso, a qual não ficou do meu agrado indo acabar o serviço à oficina do Sr. Fernando, uma velha rapoza nisto das motas antigas… aí sim ficou do meu agrado.

Quanto às principais dificuldades que encontrei, foi conseguir algumas peças que estavam em muito mau estado, como os escapes, aro do farol, aperto da direcção e descanço, o qual acabei de ter de o fazer através de fotos tiradas da internet e através do livro de peças da própria mota - e ao contrário do que recomenda no blog no que diz respeito à JAWAmarkt,

foram eles que me desenrascaram as peças, a muito bom preço, no entanto mais demorados do que eu desejava pois a ansiedade de ver o meu brinquedo rolar era muita. Andei três longos anos para conseguir o resultado que eu desejava - Agora é só curtir a rolar, tanto em concentrações como quando apetece.

Um abraço Amigo Adalberto Figueiras”