domingo, 15 de maio de 2011

Jawa 559 - 1962/1974



A jawa tipo 559, mais conhecida entre nós portugueses como “jawa dois e meio preta” , é o modelo da marca da Checa mais representativo do seu sucesso no contexto português.

As bases do seu desenho streamline remontam à jawa tipo 10, de 250 c.c., a primeira jawa lançada no pós-guerra, que teve a sua “première” em Setembro de 1946 no Motor Show de Paris. O seu design e inúmeras inovações tecnológicas valeram-lhe a distinção como uma das motas mais evoluídas do mundo com a atribuição da medalha de ouro. Este modelo era no país de origem apelidada de “Pérak” (springer em inglês), pois a tecnologia de suspensão a fazia saltar em piso irregular. Tinha o efeito de mola.

No âmbito da nacionalização das marcas Jawa e Cz, as marcas fundem-se e os modelos saem com a marca Jawa-Cz nos anos 50.

Dentro da mesma motorização, sucede-se o tipo 353 em 1954. Com a Jawa-Cz 353, entre alterações técnicas mais visíveis, introduz-se um novo quadro e uma novo desenho e suspensão, totalmente hidráulica. Por haver uma considerável melhoria de conforto, este modelo foi apelidado de “Kivačka” (swinger em inglês).

O lançamento da Jawa 559 veio substituir a jawa 353 em 1962 e conhece-se no nosso país motas deste modelo registadas até 1975, apesar de na Checoslováquia ter sido produzida até 1974. As alterações mais visíveis em relação ao modelo anterior são o farolim de plástico, o conta kilómetros oval, com velocímetro a contar da direita para a esquerda, o interruptor de ignição que integra o controlo das luzes e a carenagem que envolve o farol e se prolonga pelo guiador até aos punhos. Este "painel" largo do farol dá origem à alcunha de “Panelka” em checo.

Falar de estética é sempre discutível, mas é de realçar que o seu desenho é resultado de uma sequencia lógica de princípios funcionais.

Este modelo matem princípios conceptuais introduzidos pela Pérak, como a omissão das cablagens, filtro e outros componentes pelo interior das carenagens e o carburador escondido por uma tampa integrada no desenho do motor. Estes cuidados com o desenho, de linhas simples e lisas, facilitam a limpeza da máquina e evita o contacto com as zonas mais sujas ou sensíveis da mota.

No âmbito desta lógica minimal e funcional, onde não há lugar para elementos supérfulos, este modelo não tem alavanca de kick starter independente. Desde a segunda versão da 353 que este apêndice foi suprimido, substituído por um mecanismo que faz de alavanca de velocidades e também de kick.

Outra característica que faz as delícias de todos os “Jawistas” e “cezetistas”, é a possibilidade de transitar de velocidades sem recorrer à manete de embraiagem, reduzindo a deterioração do cabo de embraiagem. Com um pouco de prática este sistema permite arrancar em 1ª velocidade enquanto de acende um cigarro ou se diz adeus aos colegas que nos olham com espanto.

Ao contrário de outras marcas, esta marca optou por se distinguir pela durabilidade dos seus motores e não pelas performances, como as motos japonesas. De mecânica simples, estas motos 2T são bastante carismáticas. Por serem pouco rotativas (14hp / 5000 rpm) e mono cilíndricas de dois escapes, produzem um barulho inconfundível, desde que a Pérak foi lançada, até aos dias de hoje. Por vezes confunde-se com motores 4T.

Uma Jawa afinada pega sempre à primeira: sem a chave na ignição dá-se duas vezes ao kick; depois liga-se a chave, dá-se a kick e pega à primeira.

Créditos fotográficos: João Carlos Silva


The Jawa type 559 , better known among us the Portuguese as the "back jawa 250" is the model of the Czech brand morerepresentative of its success in the Portuguese context.

The bases of its streamline design are visible at the jawa type 10, 250 cc, that Jawa launched in the post-war, which had its

"Premiere" in September 1946 at the Paris Motor Show. Its design and numerous technological innovations have earned the distinction as one of the most advanced motorcycles in the world with the medal of gold award. This model was nicknamed "Perak" (Springer in English), because the suspension technology made her jump. It had the spring effect.

Under the nationalization of the Jawa and Cz factories, the brands merged and their models come with brand Jawa-Cz in the 50's.

Within the same engine, succeeds the type 353 in 1954. With the Jawa-CZ 353, among the most visible technical changes, it introduces a new framework and a redesigned fully hydraulic suspension.

Because there is a considerable improvement in comfort, this model was nicknamed "Kivačka" (swinger in English).

The launch of the Jawa jawa 559 replaced the 353 in 1962 and it is known in our country to be registered until 1975, despite having been produced in Czechoslovakia until 1974. The the most visible changes in the previous model are the plastic tail-light, the oval speedometer, counting from the right to left, the ignition switch that integrates lights control and the panel that surrounds the lighthouse and stretches up to the handlebar grips. This "panel" or (dashboard if tou want) gis behind the nickname "panelka" in Czech.

Speaking of aesthetics is always debatable, but it is worth noting that its design is the result of a sequence of logical and fully functional principles.

This model mantains the conceptual principles introduced by Perak, as the omission of cables, filters and other components by inside the fairing and the carburetor hidden by a cover integrated into the engine design. Such care with the design of simple and smooth lines, turns the cleaning very easy and prevents the contact with the dirtiest and most sensitive areas of the bike.

Under this logic minimal and functional principles, where there is no place for superfluous elements, this model does not have an independent kick starter lever. Since the second version of 353 that this appendix was deleted and replaced by a mechanism that has the funciont of gear lever and kick starter.

Another feature that makes all the delights of every "Jawa fan" and "Cz fan", is the possibility of switching gears without resort to the clutch, reducing the deterioration of the clutch cable. With a little practice this system lets you start in 1st gear while you light up a cigarette or say goodbye to your friends who look at you with amazement.

Unlike other brands, this brand has chosen to be distinguished by the durability of its engines and not by the performances, as

Japanese motorcycles did. Wih a simple mechanics, these two stroke bikes are quite charismatic. Because they are so less rotating (14hp / 5,000 rpm) and single cilinder with two exaust pipes, they producing a distinctive sound, since Perak was launched until the present day. Sometimes resembles a 4 stroke motor.

Photo Credits: Joao Carlos Silva

quarta-feira, 11 de maio de 2011

quarta-feira, 20 de abril de 2011

terça-feira, 19 de abril de 2011

Passeio à Feira Topos e Clássicos



A ida a Braga, à feira Topos e Clássicos, ficou marcada por várias peripécias a que as Checas já nos habituaram. Pelo menos eu dei o meu contributo, pouco depois de sair de casa, ao atestar o depósito da Cezeta com gasóleo e duas bisnagas de óleo para ficar bem lubrificada!! Para além disso para cumprir a tradição, voltei a empurrar a Cz do Sr Campos numa rotunda à entrada de Braga. Hilariante. Na feira as Jawa/Cz fizeram furor em conjunto com o grupo de vespas, estacionadas na entrada do evento. Não perdemos a oportunidade de divulgar grupo de Jawa/Cz junto dos responsáveis das revistas Topos e Clássicos e Moto Clássica. No regresso a casa ainda passamos pela sede da Associação Amigos do Sanguinhedo para uma arroz de marisco a cheirar a fumo 2T!

As fotos:

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Salão Topos e Clásscos Braga

Quem é que quer alinhar numa ida ao Salão Topos e Clássicos a Braga no Sábado (16) de tarde? Planeamos sair da Praça 25 de Abril em Santo Tirso de tarde, às 13:30. Quem quiser aparecer, é bem vindo! telemóvel: 916310738

domingo, 10 de abril de 2011

4º encontro mensal/ monthly meeting - 03/04/2011



A razão que me levou a conceber o logotipo deste grupo a partir de uma jawa 559 de perfil tem a ver com o facto de, para mim, este modelo ser o mais representativo do sucesso das Checas em Portugal. Quando se fala nesta marca vêm logo à mente as 559 pretas com linhas douradas, de matricula TV, vulgarmente descritas com “Jawa dois e meio”.

Os encontros mensais, para além de servirem para se trocarem impressões sobre as motas e se trocarem contactos, têm expressado uma amostra totalmente distinta da imagem que tinha das Checas no contexto Português.

Das dez motos que conseguimos reunir eram únicas. Não apareceram motas iguais. Nem mesmo a 559. As grandes surpresas do encontro foram, sem dúvida, a Jawa Perak tipo 18 de 1953 e a Jawa tipo 360 de 1967, ambas de 350cc. Aliás, a 360, apesar de mais recente, para mim em Portugal continuava um mito. Foi a primeira que vi e ouvi. Parece-me que em Avintes há motas espectaculares, mas que precisam de sair mais vezes da garagem!




Nesta edição, decidimos aceitar o convite do Nuno Vidal, e fomos fazer barulho para a porta da sua loja, a loja 112, no Porto (http://www.loja112.com/) onde fizemos o tradicional brinde de Becherovka: “Nazdravi!!!!”

Video Jawa 360

Fotos


sexta-feira, 11 de março de 2011

3º encontro mensal/ monthly meeting - 06/03/2011

A febre Jawa-Cz não pára. Não podia estar mais satisfeito com a adesão do Encontro Mensal, uma iniciativa que está em prática desde início do ano. A intenção de agregar e dinamizar este grupo de motards é conseguida com sucesso a cada encontro.

Aquele diálogo esquizofrénico que mantemos com as nossas motas, que na prática é um monólogo na base do....

"Porque é que não pegas?
"Onde é que te vou arranjar um farolím?"
"Como é que sei que tu tás d'origem?!"
ou ainda...
"Não sei nada sobre ti... Não há nada nas revistas portuguesas!.... ninguém percebe porque gosto tanto de ti! Somos uns tristes incompreendidos...."

.... tende a acabar. Se se encontra nestas condições com a sua Jawa-Cz, ou tem soluções para os que padecem destes sintomas, contamos consigo no próximo encontro.

Neste último convívio, apesar das previsões meteorológicas incertas, conseguimos reunir 7 motas. Ao terceiro encontro, já cotamos com presenças assíduas, como o Sérgio Pascoal, o Jorge Fonseca, o Sr. Figueiras, o Sr. Ruas, o Domingos...e o André, que tem estado sempre presente em pensamento, mas que desta vez conseguiu aparecer!

Curiosamente, não se encontraram modelos repetidos, ao contrário do mês anterior com as 559. Todas as motas presentes conseguiram evidenciar as suas peculiaridades técnicas e estéticas, espelhando a evolução das marcas, ora juntas ou separadas, em 37 anos de história, desde a Cz 150c de 1953 de Adalberto Figueiras até à Jawa 640 Red Style de 1990 do Sérgio. Faltaram apenas modelos representativos dos anos 40 e 80. (Não tenho conhecimento de motas pré 2ª Guerra em Portugal).

Estou confiante que nas próximas edições iremos atrair verdadeiros artefactos que irão ficar na memória dos "anti-Jawa-Cz" mais cépticos.
Como tem vindo a ser solicitado, foi desta vez feito um percurso pelas ruas de Santo Tirso, com paragens no Santuário de Nossa Senhora da Assunção, na sede da Associação Associação Amigos do Sanguinhedo, (onde fomos recebidos com tapas e doces tradicionas (cortesia do Domingos) e bebemos a famosa Becherovka). Despedimo-nos na Confeitaria Moura, depois de levarmos uns Jesuítas!

Agora só nos resta aguardar o próximo 1º Domingo de Abril! O percurso já está a ser estudado....

As fotos...
Grande abraço e boas curvas de Jawa/Cz.
Daniel Moutinho

The Jawa-Cz fever does not stop. I could not be more pleased with the accession of the Monthly Meeting, an initiative that has been in practice since the beginning of the year. The intention of aggregating and energize this group of bikers is successfully achieved at each meeting.
The Jawa-Cz fever does not stop. I could not be more pleased with the accession of the Monthly Meeting, an initiative that has been in practice since the beginning of the year. The intention of aggregating and energize this group of bikers is successfully achieved at each meeting.

That schizophrenic dialogue we have with our bikes, which in practice is basicaly a monologue based on....

"Why do you not start?
"Where do I find you a tail-light?"
"How the hell I know you are an original stock bike? "
or ...
"I know nothing about you ... There is nothing written in Portuguese bike magazines !.... nobody understands why I like you so much! We are a sad misunderstood ...."

.... tends to end. If you are in these conditions with your Jawa-Cz, or have solutions for those who suffer from these symptoms of these problems, we count on you at the next meeting.

In the latest event, despite the uncertain weather, we managed to gather 7 motorbikes. At the third meeting, we meet with some already assiduous attendances, such as Sergio Pascoal, Jorge Fonseca, Mr. Figueiras, Mr. Ruas, Domingos ... and André Cruz, who has always been in thought, but this time he manage to come phisically.

Curiously, there were no models repeated, unlike the previous month with the type 559. All these bikes were able to demonstrate their technical and aesthetic traits, reflecting the evolution of brands, either together or separately, at 37 years of history, from the Cz 150c, 1953 by Adalberto Figueiras to the Jawa 640 Red-Style from 1990 by Sergio. The were no representative models from 40's and 80's. (I have no knowlege of pre W.W.II in Portugal).

I am confident that in future editions we will attract real artifacts that will remain in memory of the most ceptical "anti-Jawa-Cz".

As it has been asked, this time it was made ​​a little journey through the streets of Santo Tirso, with stops at the Nossa Senhora da Assunção Santuary,at of the Association Amigos do Sanguinhedo (where we were greeted with snaks and traditional sweets (courtesy of Domingos) and drink the famous Becherovka). We said good-bye on the candy store Moura, after we buy some tipical cakes, the Jesuitas!

Now we can only wait for the next 1st Sunday in April! The route is already being studied ....

The pictures ...

Best wishes and great Jawa/Cz rides
Daniel Moutinho